Negócios em família precisam se reinventar para manter sua longevidade
Herdeiros da empresa de seu pai,
Reinaldo e Gustavo assumiram uma dívida de R$ 300 mil e hoje comandam o Grupo
Zanon, que detém cinco marcas e fatura R$ 400 milhões/ano
*Por: Redação
A gestão familiar
de uma empresa costuma despertar opiniões controversas. Segundo o IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística), mais de 90% das empresas são
familiares. Deste número, apenas 70% sobrevivem à mudança de liderança. Esse
não foi o caso da família Zanon, que é exemplo de sucesso e inovação.
Fundada em 1968,
por Reinaldo Zanon Filho, a Seguralta é pioneira no mercado de Seguros e apenas
em 2008, após 40 anos de mercado, a rede ingressou no franchising.
A expansão da rede
aconteceu após Reinaldo Zanon e Luis Gustavo Zanon, filhos do fundador,
assumirem a presidência da rede. "Esperamos o segmento de seguros ficar
totalmente informatizado e enquanto isso, fizemos muitas pesquisas de mercado
para já iniciarmos a operação com todos os modelos de negócios disponíveis”,
comenta Reinaldo.
Quando os irmãos
Zanon assumiram a Seguralta, a empresa operava em um déficit de R$ 300 mil
reais e a sucessão foi feita no momento exato, pois hoje a rede faz parte de
uma holding que fatura mais de R$ 400 milhões por ano.
“Nem sempre herdar uma empresa é fácil, tem que saber se adaptar e
inovar para continuar em pleno crescimento. Entrar para o franchising nos
rendeu novos ares e fez a empresa expandir”, relata Reinaldo Zanon.
Tratando-se de sucessão familiar, a tarefa de fazer a empresa crescer
não é evidente. Segundo Lucas Atanázio Vetorasso, diretor do grupo ATNZO, o
chamado “herdeirismo” que define empresas com problemas de gestão causados por falta
de interesse do sucessor, é hoje responsável por um grande percentual de
mortalidade empresarial. Por isso, o responsável pela sucessão da empresa deve
conseguir, sobretudo, o respeito dos colaboradores mais antigos e, claro, se
dedicar totalmente para que o negócio progrida e saia da estagnação.
“Os sucessores realmente dedicados atualizam o negócio, agregam valores
e conhecimentos. É esta nova cara de dedicação e estratégias que levam novos
horizontes à empresa, aumentam seu leque de atuação e multiplicam o sucesso do
antecessor”, explica Lucas.
Os números da Seguralta não negam como a entrada para o setor de
franquias deu certo. A marca é hoje uma das maiores corretoras de seguros do
país e pioneira em seguros no franchising. Com mais de mil unidades no Brasil,
deverá somente neste ano comercializar 300 novas franquias. Em 2018 saltou da
17ª para 12ª na posição entre as maiores redes de franquias do Brasil, conforme
a ABF e registrou um aumento de 40% em relação ao ano anterior, finalizando o ano
com um faturamento de R$ 300 milhões somente com a venda de produtos.
“O meu maior desafio como presidente foi começar a delegar mais. Eu
era muito centralizador e sentia dificuldade de transferir funções. Acontece
que todo bom líder tem que confiar em sua equipe, sem fazer isso, ele não tem
tempo para se dedicar a outras tarefas e o negócio não anda. Ao delegar
tarefas, houve uma troca de confiança muito grande e com o tempo consegui
mostrar a que vim e que não estava lá apenas por ser o filho do dono”, comenta
Reinaldo.
Atualmente o Grupo Zanon detém cinco marcas: Seguralta, Los Mex, Derma
Nail, Bionatus e Segcredi. Juntas essas empresas somam mais de 1.400
franqueados em todo o país e um faturamento de cerca de R$400 milhões.
Hoje, pais de família e herdeiros de um império que fatura milhões, os
irmãos Zanon provam que receber um legado por si só não é garantia de sucesso.
“Tudo isso que temos hoje é resultado da soma de experiências, inovação,
confiança entre colaboradores, empenho, dedicação e principalmente da
consciência de que é necessário saber conquistar o seu espaço, afinal não basta
apenas ser filho do dono”, afirma Gustavo.
Para mais informações sobre o Grupo Zanon e a Seguralta, acesse: http://grupozanon.com.br/ e http://seguralta.com.br/.